A partir de 2021, a UE irá proibir o uso de plástico descartável e itens feitos com ele, como canudos para bebidas, talheres e pratos. Estamos falando de produtos de plástico que na maioria das vezes acabam no meio ambiente e para os quais existe uma substituição acessível.
Mas isso não é tudo
Uma diretiva elaborada pelo Parlamento Europeu também proíbe embalagens de poliestireno para bebidas e alimentos, cotonetes e cotonetes e sacos plásticos finos, entre outros. Além disso, os fabricantes de filtros para cigarros, balões e algumas embalagens de alimentos e bebidas terão que pagar para descartar o plástico que produzem, que inevitavelmente acabará no lixo. De acordo com a Comissão Europeia, 70% dos resíduos de plástico nas águas e oceanos europeus provêm destes produtos.
Além disso, até 2029, a Europa deve levar a coleta seletiva de resíduos a um ponto em que 9 em cada 10 garrafas de plástico acabem em um recipiente de plástico. A devolução do valor das embalagens, no ato da entrega, e formas inovadoras de coleta do plástico devem contribuir para isso. E a partir de 2030, 1 em cada 3 garrafas deve ser feita de plástico reciclado.
O que precisa mudar e por que é importante
A proibição do uso de sacolas plásticas nas lojas, que entrou em vigor em 2016, já está dando frutos. Há menos plástico no ambiente. No entanto, a UE acredita que as proibições por si só não são suficientes. Na verdade, apenas as próprias pessoas podem fazer a diferença em termos da cultura de usar (ou não) produtos descartáveis. Por isso, os Estados-Membros da UE decidiram, entre outras coisas, iniciar campanhas de informação para que os consumidores fiquem mais conscientes dos perigos da entrada do plástico na natureza.
A proibição planejada terá um sério impacto tanto para as pessoas comuns, que terão que reconstruir sua maneira de fazer seus negócios, quanto para a indústria de embalagens e fabricantes de plásticos, que terão que buscar outras alternativas mais sustentáveis.
A Comissão Europeia estima que estas medidas proporcionarão uma economia de 6,5 mil milhões de euros. Essa previsão é baseada na reciclabilidade e reciclabilidade de produtos plásticos. A proibição também beneficiará o meio ambiente, reduzindo as emissões de CO2 em 3,4 milhões de toneladas.
Várias grandes redes varejistas já anunciaram que estão prontas para participar ativamente do que está acontecendo e assumir a liderança na luta contra o plástico. Eles já eliminaram canudos e utensílios de plástico de sua linha de produtos e estão tentando usar o mínimo de plástico possível ao embalar seus produtos.
Quando a lei entra em vigor?
O acordo alcançado nas negociações em dezembro de 2018 ainda precisa de ratificação formal. Espera-se que isso aconteça em meados de 2019. Depois disso, levará 2 anos para que a diretiva seja implementada na legislação nacional e comece a ser usada pelos países. Ou seja, estamos falando exatamente de 2021.
Data de Publicação: 14.08.2019